segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eternos clichês #2

Basílio estava com medo de si mesmo. Tanto medo, que evitava qualquer contato humano desnecessário ou casual. Todos os seus assuntos haviam se tornado delicados, arriscados, comprometedores. Conversar com Basílio podia despertar a necessidade urgente de querer saber o que pombas tinha acontecido com ele afinal. E se este impulso fosse levado adiante formulando-se a pergunta por que o desgraçado se angustiava tanto, Basílio responderia por meio de olhos e sussurros arregalados:

- É que a gente costuma fazer besteira quando está bêbado e apaixonado.

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